Quem imaginará como são as nascentes que, gota-a-gota, se transformam em rio, determinam o assentamento de aldeias, de vilas e de cidades? E como descobri-las? Como mantê-las?
Foi esta a descoberta que o projeto «Rio Arade: Percurso das Fontes Boião-Azilheira», com a colaboração da Junta de Freguesia de São Marcos da Serra, proporcionou a um grupo de 40 jovens raparigas que integram o III Acampamento Regional da Região de Faro da Associação de Guias de Portugal (AGP), acampado em São Marcos da Serra por estes dias.
A abrir Agosto, a ação de voluntariado ambiental e serviço à comunidade teve como objetivos dar a conhecer às jovens as gentes, o território, sensibilizando-as para a importância da serra e do seu coberto vegetal na manutenção da qualidade e provimento de água doce que abastece a região.
Patrícia de Jesus Palma, coordenadora do projeto, explicou que «a ação consistiu em reproduzir, tal como a população local ensinou, o ritual estival de esgotamento e consequente renovação da água das fontes, limpeza dos empedrados e tanques, caiação e asseio da envolvente».
«Fazer o caminho por veredas e estradas de terra batida que outrora a população fazia uma vez por dia, com animais e cântaros, até encontrar, encrustadas nas encostas húmidas do vale, as fontes, fez parte desta experiência», acrescentou.
«Descobrir que as fontes rurais não têm torneiras e, em surpresa, ver a água brotar da terra, terá sido, certamente, das memórias mais marcantes do dia», concluiu.
O projeto Rio Arade: Percurso das Fontes Boião-Azilheira é uma iniciativa da QRER – Cooperativa de Desenvolvimentos dos Territórios de Baixa Densidade, co-financiado pelo No Planet B – AMI, União Europeia e Instituto Camões e tem o apoio da Junta de Freguesia de São Marcos da Serra e do Município de Silves.
Fonte: Sul Informação