A CASES e o INE divulgaram, dia 17 de fevereiro, em sessão pública, na sede do INE, em Lisboa, a apresentação detalhada dos resultados da Conta Satélite da Economia Social, com dados de 2013, elaborada no âmbito de um protocolo celebrado entre a CASES e o INE.
Na abertura da sessão estiveram presentes, o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Miguel Prata Roque, a Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Estatística (INE), Alda de Caetano Carvalho, e o Presidente da Direção da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), Eduardo Graça.
Vieira da Silva salientou que os dados hoje apresentados confirmam a “enorme relevância” do setor, não só a nível dos números no emprego e na riqueza, mas também a nível social, sublinhando que “muitas das instituições da economia social desempenham um importante papel no equilíbrio social, no combate à pobreza e no equilíbrio territorial”. O emprego “sólido” criado por entidades da Economia Social mereceu também o destaque do Ministro do Trabalho, reforçando que abrange muitas centenas de milhares de trabalhadores e que dá “resposta às necessidades das comunidades de encontrarem saídas profissionais para os jovens”.
A sessão – A Caracterização da Economia Social em Portugal: “A Conta Satélite da Economia Social de 2013” é a primeira de uma série de iniciativas que, ao longo do ano, serão organizadas no âmbito do 1º Congresso Nacional da Economia Social.
Intervenção / Prof. Álvaro Garrido
Intervenção / Eduardo Graça
Intervenção / Isabel Castro
Intervenção / Cristina Ramos
Nova Conta Satélite da Economia Social revela a resiliência do setor à crise
A CASES salienta como especificidades desta Conta Satélite de 2013, ano em que se terá atingido o “pico” da crise económica e financeira, ter o sector da Economia Social revelado um comportamento económico francamente positivo quando comparado com o da economia nacional, em contraciclo, registando 61 268 entidades (em 2013) contra 55 383 (2010), um crescimento de 10,6% neste período.
Ou seja, a economia social, através das Entidades da Economia Nacional – Cooperativas, Mutualidades, Misericórdias, IPSS, Fundações, Associações com fins altruísticos e o Subsector comunitário e autogestionário -, registou um aumento substancial em número de entidades, assim como do seu peso no emprego total (5,2%) e no emprego remunerado (6%) na economia nacional, além de um aumento da remuneração média por trabalhador face à média nacional, em comparação com os resultados apurados na Conta Satélite da Economia Social com dados de 2010.
O contributo da economia social para a criação de riqueza (VAB) nacional manteve-se estável o que significa, atendendo à redução do VAB nacional, que registou neste período, em termos relativos, um ligeiro acréscimo.
Também se verifica que, em 2013, a Economia Social esteve presente transversalmente em todas as atividades económicas. As mais de 61 mil entidades registadas em 2013 na Economia Social estão presentes em todas as regiões NUTS III de Portugal mas, constata a CASES, que se localizam com maior intensidade na Área Metropolitana de Lisboa (23%) e na Área Metropolitana do Porto (11,7%).
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