23.07.2015
2º dia de Portugal Social On The Road
O segundo dia do Portugal Social on the Road ficou marcado pela visita ao Centro Luís da Silva, em Borba. Foi em pleno Alentejo profundo que os 50 jovens puderam ficar a conhecer o trabalho realizado todos os dias neste centro de apoio a deficientes.
Aurelino Ramalho, administrador do Centro Luís da Silva, recebeu os participantes, explicando aquela que é a missão desta instituição. “Estamos a fazer um trabalho fantástico, a dar voz e vida a estas pessoas”, realçou. Desejou ainda que, “no final desta visita, estejam muito mais felizes e muito mais satisfeitos”.
Inaugurado há cerca de um ano e meio, o Centro Luís da Silva é uma instituição dedicada ao acompanhamento e reabilitação de portadores de deficiência. Conta com dezenas de utentes (dos 6 aos 52 anos) com limitações físicas e/ou cognitivas, maioritariamente paralisia cerebral, epilepsia e hidrocefalia. Este centro oferece ainda serviços psicossociais, de saúde, animação sociocultural e serviços de reabilitação, empregando 61 jovens qualificados.
Ainda da parte da manhã, os jovens puderam experienciar algumas das realidades do dia-a-dia de um portador de deficiência, bem como dos profissionais que o auxiliam. Desta forma, os 50 participantes foram divididos por quatro salas dedicadas à diferentes vertentes dos cuidados prestados: alimentação e hidratação assistida, transferência de uma cama para uma cadeira (com assistência de grua) e deslocação em cadeira de rodas.
Houve ainda a oportunidade de visitar alguns dos equipamentos desta instituição, tais como a piscina de hidroterapia ou a sala de Snoezelen (destinada à estimulação sensorial).
Para o final de almoço, ficou reservado um momento de interação com vários residentes do Centro Luís da Silva. Através de atividades como jogos, desenhos ou música, os jovens tiveram a possibilidade de partilhar histórias e experiências.
A “disponibilidade para ouvir”
Durante a atividade de simulação de alimentação assistida, a terapeuta Ana Bento descreveu a forma como surgiu a sua ligação a esta área. Ao início, confessa, achava “que a área da deficiência era aterradora”. Tudo mudaria depois de uma viagem ao Centro João Paulo II, em Fátima, no âmbito de um estágio de observação. “Quando conheci esta realidade, apercebi-me de que os portadores de deficiência têm formas de chegar até nós – basta termos disponibilidade para os ouvir”, concluiu.
O dia terminou com a viagem até Castelo Branco. O terceiro dia do Portugal Social on the Road tem início marcado com a visita à APPACDM local.